Os avanços do ImPrEP em 2019
Brasil
Segurança, persistência inicial e adesão à PrEP iniciada na primeira
consulta entre HSH e mulheres trans no Brasil, México e Peru
Esse foi o tema abordado pela pesquisadora principal do projeto ImPrEP, Valdiléa Veloso, no painel “O que há de novo na prevenção do HIV”, apresentando resultados de estudo do projeto realizado junto a 4.954 indivíduos. Iniciou lembrando que a epidemia de HIV na América Latina persiste inabalável entre HSH e mulheres trans, e que a implementação da PrEP na região ainda é muito limitada. O ImPrEP é um estudo de demonstração que objetiva avaliar a segurança e a viabilidade da PrEP iniciada na primeira consulta para HSH e mulheres trans com alto risco de infecção por HIV no Brasil, Peru e México.
No estudo, HSH e mulheres trans elegíveis para participação (ou seja, não infectados pelo HIV, maiores de 18 anos de idade, relatando um ou mais critérios de risco) foram selecionados e, no mesmo dia da inscrição, receberam um suprimento de 30 dias de TDF/FTC, com a realização de testes de creatinina, hepatite B, C e ISTs. Os principais desfechos foram a continuação precoce da PrEP, definida como a frequência às duas primeiras visitas de acompanhamento no período de 120 dias após o início da profilaxia, e a adesão à PrEP usando dados de dispensa de farmácia definidos como tendo pelo menos 16 dias de medicação preenchida pelo período de 30 dias.
De fevereiro de 2018 até abril de 2019, 4.954 indivíduos foram inscritos, no Brasil (3.205), Peru (1.010) e México (739), com mediana de idade de 28 anos. 94% eram HSH e 6% mulheres trans. No geral, a adesão à PrEP foi de 96,9%. O estudo oferece evidências de que a iniciação da PrEP na América Latina na primeira consulta é viável e segura, com bons níveis gerais de continuação e adesão precoces. Mulheres e trans e jovens HSH podem exigir cuidados diferenciados para melhorar a continuação da PrEP.
Para conhecer o conteúdo da apresentação, acesse http://programme.ias2019.org/Abstract/Abstract/4894