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Disparidades raciais na incidência do HIV e não adesão à PrEP entre HSH e mulheres transgênero que usam PrEP oral no Brasil – o Estudo ImPrEP*

A abertura do simpósio satélite do projeto ImPrEP CAB Brasil na AIDS 2024 coube a Valdiléa Veloso, diretora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e co-pesquisadora principal do estudo, e a Draurio Barreira, Diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, que fizeram uma breve introdução e darem as boas-vindas aos participantes. O gerente do projeto, Marcos Benedetti, fez a mediação do encontro.

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Valdiléa Veloso

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Draurio Barreira

A primeira apresentação do simpósio foi realizada por Lucilene Freitas, pesquisadora do INI/Fiocruz, que discorreu sobre o estudo “Disparidades na incidência do HIV e não adesão à profilaxia pré-exposição (PrEP) entre gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres transgênero que usam PrEP oral no Brasil – o Estudo ImPrEP”.

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Segundo ela, a pesquisa buscou avaliar a incidência do HIV e os fatores relacionados à não adesão à PrEP entre as populações de HSH e de mulheres trans no Brasil, de acordo com a raça autorreferida dos participantes do estudo. Em seguida, começou a apresentar os resultados da análise. A maior taxa de incidência do HIV foi registrada nos voluntários negros, seguidos por pardos e brancos. As taxas de não adesão à PrEP foram de 26,2% entre os negros, 24,2% entre os pardos e 18,7% entre os brancos.

Lucilene Freitas

Ao se investigar apenas as pessoas negras e pardas, as maiores taxas de não adesão à PrEP foram encontradas entre os participantes com menor grau de escolaridade e que relataram a prática de trabalho sexual. Quando os pesquisadores levaram em conta todos os voluntários do estudo, as taxas mais elevadas de não adesão à profilaxia foram registradas entre as mulheres trans e os mais jovens.

Entre as conclusões da pesquisa, Lucilene ressaltou existirem disparidades raciais na incidência do HIV entre as populações de HSH e de mulheres trans no Brasil. Destacou que o racismo tem um impacto estrutural nos resultados de saúde e nos determinantes sociais, além de reafirmar a necessidade urgente de elaboração de políticas públicas para mitigar as desigualdades raciais no país.

*A primeira etapa do estudo ImPrEP, voltado exclusivamente à oferta da PrEP oral, ocorreu de 2018 a 2021, no Brasil, México e Peru.

Disparidades raciais na incidência do HIV e não adesão à PrEP entre HSH e mulheres transgênero que usam PrEP oral no Brasil – o Estudo ImPrEP*

A abertura do simpósio satélite do projeto ImPrEP CAB Brasil na AIDS 2024 coube a Valdiléa Veloso, diretora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e co-pesquisadora principal do estudo, e a Draurio Barreira, Diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, que fizeram uma breve introdução e darem as boas-vindas aos participantes. O gerente do projeto, Marcos Benedetti, fez a mediação do encontro.

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Valdiléa Veloso

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Draurio Barreira

A primeira apresentação do simpósio foi realizada por Lucilene Freitas, pesquisadora do INI/Fiocruz, que discorreu sobre o estudo “Disparidades na incidência do HIV e não adesão à profilaxia pré-exposição (PrEP) entre gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres transgênero que usam PrEP oral no Brasil – o Estudo ImPrEP”.

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Segundo ela, a pesquisa buscou avaliar a incidência do HIV e os fatores relacionados à não adesão à PrEP entre as populações de HSH e de mulheres trans no Brasil, de acordo com a raça autorreferida dos participantes do estudo. Em seguida, começou a apresentar os resultados da análise. A maior taxa de incidência do HIV foi registrada nos voluntários negros, seguidos por pardos e brancos. As taxas de não adesão à PrEP foram de 26,2% entre os negros, 24,2% entre os pardos e 18,7% entre os brancos.

Lucilene Freitas

Ao se investigar apenas as pessoas negras e pardas, as maiores taxas de não adesão à PrEP foram encontradas entre os participantes com menor grau de escolaridade e que relataram a prática de trabalho sexual. Quando os pesquisadores levaram em conta todos os voluntários do estudo, as taxas mais elevadas de não adesão à profilaxia foram registradas entre as mulheres trans e os mais jovens.

Entre as conclusões da pesquisa, Lucilene ressaltou existirem disparidades raciais na incidência do HIV entre as populações de HSH e de mulheres trans no Brasil. Destacou que o racismo tem um impacto estrutural nos resultados de saúde e nos determinantes sociais, além de reafirmar a necessidade urgente de elaboração de políticas públicas para mitigar as desigualdades raciais no país.

*A primeira etapa do estudo ImPrEP, voltado exclusivamente à oferta da PrEP oral, ocorreu de 2018 a 2021, no Brasil, México e Peru.

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