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Perfis de preferências de modalidades de PrEP entre minorias sexuais e de gênero brasileiras, mexicanas e peruanas,

com Kelika Konda e outros colaboradores do Grupo de Estudos ImPrEP* 

A PrEP oral diária é altamente eficaz para a prevenção do HIV, mas seu uso permanece limitado na América Latina. A presente análise debruçou-se sobre as características associadas à vontade de tomar quatro modalidades da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV:  oral diária,  sob demanda (2+1+1), oral mensal e injetável.

Uma pesquisa on-line transversal foi realizada entre abril e agosto de 2021 com minorais sexuais e de gênero dos três países. Os participantes, maiores de 18 anos, foram solicitados a relatar sua disposição para uso da PrEP. Entre os 35.541 voluntários que iniciaram a pesquisa, 24.573 foram elegíveis para a profilaxia, com média de idade de 33,4 anos. 

No total, 64,8% dos participantes eram brasileiros, 27,8% mexicanos e 7,4% peruanos - a maioria composta por homens cis (95,8%) com curso secundário completo (66,2%). A maior parte estava disposta a usar a PrEP oral mensal (74,6%), 66,1% a oral diária e 60,4% a injetável. Apenas 38,1% mostraram disposição de tomar a modalidade sob demanda. 

Entre as modalidades, a vontade de usar PrEP cresceu com o aumento da percepção de risco do HIV. A disposição foi maior em indivíduos considerados em alto risco e menor entre os peruanos para todas as modalidades, exceto para a sob demanda. Mexicanos e peruanos relataram maior disposição para o uso da sob demanda em comparação com os brasileiros. Maior renda e escolaridade foram associadas à maior disposição para tomar as modalidades mensal e injetável.

Para os pesquisadores, a maior disposição para o uso de PrEP oral mensal e de PrEP injetável indica preferência por formulações de ação prolongada na América Latina. Ainda de acordo com eles, pesquisas são necessárias para abordar lacunas no conhecimento sobre prevenção e ajudar os usuários em potencial a escolher a modalidade da profilaxia que melhor se adapte às suas necessidades.

*Autores do trabalho: 

Kelika Konda(1), Oliver Elorreaga (1), Thiago Torres(2), Hamid Vega-Ramirez(3), Centili Guillén-Diaz-Barriga(3), David Diaz(4), Brenda Hoagland(2), Juan Guanira(4), Marcos Benedetti(2), Sergio Bautista-Arredondo (5), Valdiléa Veloso(2), Carlos Cáceres (1) e Beatriz Grinsztejn(2), do Grupo de Estudos ImPrEP

  1. Centro de Investigação Interdisciplinar em Sexualidade, Aids e Sociedade, da Universidade Peruana Cayetano Heredia, Lima, Peru

  2. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil

  3. Instituto Nacional de Psiquiatria Ramon de La Fuente Muñiz, Cidade do México, México

  4. Inmensa, Lima, Peru

  5. Instituto Nacional de Saúde Pública, Cidade do México, México

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