Apesar das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, o ImPrEP deu andamento a um importante subestudo desenhado para determinar a soroincidência do HIV entre gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e mulheres trans em seis centros de estudo no Brasil e 12 no Peru. A pesquisadora principal do ImPrEP, Valdiléa Veloso, apresentou na reunião o estágio atual em que se encontra o trabalho.

 

A análise busca estimar não só a soroincidência do HIV, ou seja, o número de novos casos identificados nessas populações que buscam testagem de HIV em centros públicos selecionados nos dois países, como também a soroprevalência, que é a proporção de casos já determinados. O estudo busca, ainda, descrever os padrões genotípicos de resistência aos medicamentos antirretrovirais entre os participantes identificados com infecção recente e crônica do HIV. Além disso, irá estimar a soroprevalência e a soroincidência entre os participantes elegíveis à PrEP e comparar a resistência à integrase naqueles recente e cronicamente infectados pelo HIV.

 

O tamanho final da amostra de cada país está sendo determinado ao longo do estudo, após a realização de uma análise interina dos casos positivos identificados entre os primeiros 1.500-2.000 participantes inscritos. Até 10 de dezembro de 2021, já foram incluídos cerca de 2.900 indivíduos no Brasil e 1.800 no Peru.

 

Todos os participantes realizam teste de HIV de 4ª geração, assim como testagem para sífilis e hepatites B e C. Participantes identificados como HIV positivo realizam coleta de sangue adicional para os testes de recência e genotipagem, assim como dosagem de carga viral, CD4 e CD8. O subestudo, iniciado em março de 2021, terá continuidade em 2022.