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Engajamento comunitário e criação de demanda em PrEP

Finalizando o primeiro dia da reunião anual do consórcio ImPrEP, os coordenadores comunitários Júlio Moreira, do Brasil, Rodrigo Moheno, do México, e Fernando Olivos e Damaris Caviedes, do Peru, falaram sobre engajamento comunitário e criação de demandas para a profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV.

 

Julio começou a apresentação falando sobre o projeto de mobilização comunitária que ajudou a conscientizar as populações-chaves do ImPrEP sobre a importância dos cuidados com a saúde e a prevenção do HIV. Em seguida, ressaltou a importância do trabalho realizado pelos 23 educadores e educadoras de pares (EPs) do projeto, afirmando que, sem a dedicação desses profissionais, a procura pelos centros de saúde e a adesão à profilaxia não seriam as mesmas no Brasil.

 

O coordenador comunitário brasileiro elencou, também, os principais pontos da capacitação pelos quais os/as EPs passaram, com oportunidades de participação em seminários, vídeos e conferências mensais. O resultado foi um trabalho de excelência que garantiu, principalmente por meio do acolhimento, a adesão de novos participantes ao projeto e a conscientização da importância de prevenção combinada como método eficaz de evitar a infecção pelo HIV.

 

Para finalizar sua fala, Julio elogiou o trabalho dos/as EPs, em especial, durante a pandemia da Covid-19. Explicou que não aconteceram interrupções nas atividades e que diversas ferramentas digitais foram utilizadas para substituir o trabalho presencial nas ruas e nos centros de saúde. Também foram realizadas atividades extras, como a distribuição de cestas básicas e máscaras protetivas para as populações vulneráveis.

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Em seguida, foi a vez de Rodrigo fazer uso da palavra. Ressaltou que, no México, a experiência com a PrEP pode ser considerada exitosa, pois além de alcançar um índice elevado de adesão à profilaxia, principalmente entre gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans, o estudo serviu para aproximar as populações mais vulneráveis dos centros de saúde. Com isso, outros serviços, como o monitoramento de infecções sexualmente transmissíveis, por exemplo, puderam ser realizados.

 

Também destacou o papel decisivo das redes sociais e aplicativos na popularização do projeto e lembrou que, antes do ImPrEP,  poucos conheciam a importância do autoteste do HIV como ferramenta fundamental na estratégia de prevenção combinada.

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Os representantes do Peru se apresentaram em seguida, com Damaris explicando a dificuldade de se popularizar a PrEP em seu país. Afirmou que, no início do ImPrEP, poucos membros da comunidade local sabiam da existência da profilaxia ou já tinham ouvido falar em prevenção combinada. Muitos também não acreditavam que a PrEP era distribuída gratuitamente. Damaris explicou que, num primeiro momento, as redes sociais, como o Facebook e o Instagram, e aplicativos LGBTQIA+, como o Grindr, foram de grande utilidade.


Dando continuidade à explanação, Fernando apresentou o portal PrEParate.pe, desenvolvido pela equipe do ImPrEP Peru, com o objetivo principal de divulgar informações sobre a profilaxia e notícias relacionadas às populações-chave do projeto. Informou que a ferramenta fez sucesso imediato e que a seção “Perguntas e Respostas” foi fundamental para a inclusão de novos participantes, principalmente durante a pandemia da Covid-19.

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