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PrEP no contexto da pandemia de Covid-19

A coordenadora clínica do ImPrEP, Brenda Hoagland, foi responsável por explanar sobre a oferta e o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV no contexto da pandemia da Covid-19. Iniciou afirmando que o principal desafio foi continuar garantindo o acesso à profilaxia para aqueles que permaneceram em risco de HIV, apesar das recomendações de distanciamento social.

 

Brenda contou que o ImPrEP implementou um modelo baseado em telemedicina, na distribuição de autotestes do HIV e na extensão da dispensa de PrEP para até quatro meses. Afirmou que não foi possível adequar o modelo estruturado de forma homogênea nos três países membros do ImPrEP em razão das orientações governamentais locais. Enquanto no Brasil as medidas puderam ser totalmente implementadas, Peru e México enfrentaram problemas com lockdown rigoroso e falta de autotestes do HIV, respectivamente.

 

De acordo com a coordenadora, foi realizado, em 2020, um questionário on-line com a participação de 2.266 usuários de PrEP. Foram avaliadas questões demográficas, comportamentos sexuais e comportamentos gerais relacionados à pandemia. A maioria dos participantes tinha entre 32 e 33 anos, era de gays e outros homens que fazem sexo com homens, não branca e possuía alto nível de escolaridade.

 

A maior parte relatou alto impacto do distanciamento social em suas vidas, com ênfase em questões econômicas e familiares. Os participantes também apontaram aumento na quantidade de parceiros sexuais e na prática do sexo anal receptivo sem preservativo. Metade disse que usou a ferramenta da telemedicina e, desses, a maioria se disse satisfeita com a experiência.

 

Brenda encerrou mostrando que mais de 90% dos participantes conheciam o autoteste do HIV e que quase metade teve a oportunidade de usá-lo durante o período de isolamento social. Além disso, 80% se mostraram interessados no desenvolvimento de um programa de entrega domiciliar de PrEP e autoteste.

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