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Enquetes virtuais entre HSH e trans

A apresentação sobre enquetes virtuais entre gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) e população trans ficou a cargo de Kelika Konda, pesquisadora da Universidade Peruana Cayetano Heredia, e de Thiago Torres, pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz. Kelika iniciou informando que foram realizadas duas enquetes: a primeira em 2018, com mais de 19 mil entrevistados, e a segunda em 2021, com mais de 16 mil participantes – cujos dados ainda se encontram em fase final de conclusão. O recrutamento das duas enquetes se deu por meio de aplicativos LGBTQIA+ e redes sociais. Pessoas não binárias e trans foram incluídas na enquete de 2021.

 

De acordo com a pesquisadora, em 2018, 69% dos brasileiros, 47% dos peruanos e 64% dos mexicanos já haviam ouvido falar sobra a profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV. Em sua maioria, pessoas que tinham maior risco de contrair o HIV e que apresentavam maior nível de escolaridade. As principais barreiras para o uso da profilaxia estavam ligadas a possíveis efeitos colaterais e dúvidas quanto à eficácia da PrEP, por exemplo. Em 2021, a quantidade de pessoas que conhecia a profilaxia foi ainda maior.

 

Kelika pontuou que, na primeira enquete, 62% dos brasileiros, 57% dos peruanos e 70% dos mexicanos apresentavam disposição para tomar a PrEP oral diária. A maior parte dessas pessoas vivia nos principais e mais populosos centros urbanos. Na segunda enquete, esse número foi maior apenas no Brasil.

 

Em seguida, a palavra passou para Thiago, que apontou que, em 2018, 42% dos entrevistados preferiam a PrEP injetável, 35% o esquema oral diário e 23% a PrEP 2+1+1. Segundo o pesquisador, na segunda enquete, a PrEP oral mensal e a PrEP injetável foram as mais citadas. Ainda em 2021, o país que apresentou melhor adesão à PrEP oral diária foi o Brasil, seguido por México e Peru.

 

Thiago encerrou a apresentação com os resultados de uma pesquisa realizada para avaliar os efeitos da pandemia de Covid-19 entre os usuários de PrEP e as populações-chave do ImPrEP. Quarenta e cinco por cento dos participantes relataram abstinência sexual durante o período de isolamento social e 24% dos não usuários de PrEP se sentiram em risco aumentado para o HIV. Setenta e cinco por cento pretendiam realizar o autoteste do HIV e 70% utilizaram ou se sentiam dispostos a utilizar a telemedicina.

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