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Foto: Gerd Altmann/Pixabay

Avaliação da prevalência de sintomas depressivos entre HSH e mulheres trans durante a epidemia da Covid-19 no México 

Relatórios recentes alertam sobre o aumento dos níveis de depressão e outros problemas de saúde mental resultantes da pandemia de Covid-19. No entanto, o impacto do surto do novo coronavírus na saúde mental da população com alto risco de HIV não vem sendo documentado. 

 

O estudo “Avaliação da prevalência de sintomas depressivos entre gays/homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans durante o surto da Covid-19 no México”, desenvolvido por Diego Cerecero-Garcia, Heleen Vermandere e outros pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Pública* mexicano, debruçou-se sobre o tema, avaliando a prevalência de sintomas depressivos nas duas populações daquele país e a associação com as consequências da pandemia. 

 

De 20 a 27 de abril de 2020, foi realizada pesquisa on-line com 595 HSH e mulheres trans mexicanos acerca desses sintomas, usando a escala de depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos (CESD – 10).
 

Compararam-se os resultados com os sintomas autorrelatados anteriormente nas mesmas populações com dados nacionais. Foi aplicada a análise de classe latente (ACL) para identificar classes de participantes com características semelhantes relacionadas à Covid-19 e regressão logística para avaliar a correlação dos sintomas resultantes da pandemia e sua associação com os sintomas depressivos.

 

A prevalência dos sintomas depressivos foi de 51,9% durante o primeiro mês da pandemia, ou seja, seis vezes maior que os relatados antes do surto (8,6%). Além disso, sintomas depressivos significativos foram mais comuns entre os mais jovens, os que moram na Cidade do México e os que não contam com qualquer apoio social.

 

O estudo aponta altos níveis de depressão entre HSH e mulheres trans no México durante a pandemia da Covid-19, destacando a necessidade de provisão de intervenções psicológicas direcionadas para minimizar os impactos na saúde mental dessas populações.

 

*Autores do trabalho: Diego Cerecero-Garcia, Heleen Vermandere, Ietza Bojorquez, José Gómez-Castro, José Arturo Sánchez-Ochoa, Araczy Martínez-Dávalos, Ivonne Huerta-Icelo e Sergio Bautista-Arredondo, todos do Instituto Nacional de Saúde Pública do México. 

 

Clique aqui para acessar o material apresentado na conferência

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