top of page
Screenshot 2025-08-03 at 18.13.46.png
Screenshot 2025-08-03 at 18.13.17.png

Vulnerabilidade social e fatores psicossociais associados à adesão aos antirretrovirais entre minorias sexuais e de gênero que vivem com HIV no Brasil, México e Peru

De 2010 a 2023, a América Latina teve um aumento de 9% no número de pessoas infectadas pelo HIV e uma redução moderada (38%) nas mortes relacionadas ao vírus, em especial entre minorias sexuais e de gênero. A vulnerabilidade social e os desafios psicossociais frequentemente dificultam a adesão à terapia antirretroviral (TARV).

 

Com o objetivo de avaliar fatores sociais e psicossociais associados à baixa adesão à TARV entre minorias sexuais e de gênero vivendo com HIV na América Latina, Hamid Vega-Ramirez, do Instituto Nacional de Psiquiatria Ramon de la Fuente Muñiz, na Cidade do México, e outros pesquisadores*, assinaram um estudo específico sobre o tema.   

 

Os pesquisadores realizaram, de agosto a novembro de 2024, pesquisa on-line no Brasil, México e Peru. Os participantes eram maiores de 18 anos e se declararam vivendo com HIV. Foram coletados dados sociodemográficos, tempo de convivência com o vírus, comportamentos sexuais e uso de substâncias, juntamente com escalas para depressão, bem-estar em saúde mental, homonegatividade (reações à homossexualidade) e conhecimento sobre o HIV. 

 

No total, 2.522 voluntários (66% do Brasil, 24,8% do México e 9,2% do Peru) foram incluídos na análise. Desses, 95,1% eram homens cisgênero e 80,5% possuíam o ensino superior completo. A maioria (78,3%) relatou adesão ideal (mais de 95% dos comprimidos tomados nos 30 dias anteriores) à TARV. A média de idade da amostra foi de 42,3 anos.

 

Ser do México, ter baixa/nenhuma renda, praticar trabalho sexual, usar estimulantes/opioides e sofrer de depressão aumentaram as chances de baixa adesão à TARV. Em contrapartida, possuir mais conhecimento sobre o HIV aumentou a chance de adesão ideal à TARV.

De acordo com os autores, a vulnerabilidade social e as adversidades psicossociais continuam a impactar a adesão à TARV entre minorias sexuais e de gênero na América Latina. Eles destacam que a resposta ao HIV na região requer uma abordagem mais abrangente, a fim de alcançar aqueles que são particularmente mais vulneráveis.

*Autores:

Hamid Vega-Ramirez (1), Kelika Konda (2 e 3), Thiago Torres (4), Jazmin Qquellon (2), Carlos Cáceres (2), Rebeca Robles-Garcia (1), Paula Luz (4), Brenda Hoagland (4), Cristina Pimenta (4), Marcos Benedetti (4), Valdiléa Veloso (4) e Beatriz Grinsztejn (4)

  1. Instituto Nacional de Psiquiatria Ramón de la Fuente Muñiz, Cidade do México, México

  2. Universidade Peruana Cayetano Heredia, Lima, Peru

  3. Escola de Medicina da Universidade do Sul da Califórnia, Los Angeles, EUA

  4. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil.

Screenshot 2025-08-03 at 18.13.46.png
Screenshot 2025-08-03 at 18.13.17.png
bottom of page