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Protocolo do estudo LEN Brasil

Um dos destaques do simpósio foi a apresentação que encerrou o evento: “Protocolo do estudo LEN Brasil”, feita por Beatriz Grinsztejn, pesquisadora principal do projeto e presidente da IAS. Ela destacou que o objetivo principal do estudo é avaliar a viabilidade da implementação do lenacapavir injetável semestral para a prevenção do HIV em cenários reais no Sistema Único de Saúde brasileiro, por intermédio da geração de evidências críticas. O objetivo secundário é investigar a persistência dos participantes no medicamento.

Beatriz informou que a população do estudo será composta por gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens cisgênero, pessoas não binárias identificadas como do sexo masculino ao nascer e pessoas transgênero, todos HIV negativos, de 16 a 30 anos, em situação de vulnerabilidade e com conhecimento anterior sobre a profilaxia pré-exposição (PrEP). Serão incluídos aqueles que preencherem todos esses requisitos e forem buscar pelo medicamento ou por testes de HIV espontaneamente, bem como por intermédio do convite de pares.

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Foto: Unitaid/Maximo Paquin

De acordo com a pesquisadora principal, os voluntários, que passarão por testagem de HIV, de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) e de hepatites B e C, deverão optar entre a PrEP injetável semestral, com doses de “ataque” de comprimidos orais de LEN, ou a modalidade oral diária da profilaxia. Ao todo, a pesquisa será realizada em oito serviços públicos de PrEP, localizados em sete cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Campinas, Florianópolis, Manaus e Nova Iguaçu.

Ela prosseguiu a apresentação discorrendo sobre o design do estudo, que será híbrido, de coorte aberto e guiado pela estrutura EPIS, que avalia os resultados da implementação em relação aos vários objetivos do estudo.

 

Beatriz também informou que, visando auxiliar os participantes na escolha e adesão à PrEP, serão utilizadas intervenções da ferramenta mHealth (composta por vídeos curtos sobre as diferentes modalidades de PrEP e demais métodos de prevenção do HIV e outras IST que tem por objetivo auxiliar na escolha do esquema da profilaxia) e lembretes via mensagens de texto em telefones celulares, com uma breve pesquisa para investigar a ingestão de comprimidos orais e possíveis efeitos colaterais das injeções.

 

Fechando o simpósio-satélite, a pesquisadora explicou que, ao expandir o acesso a estratégias inovadoras, como o lenacapavir injetável semestral, o ImPrEP LEN Brasil espera contribuir para uma resposta mais equitativa e inclusiva à epidemia de HIV no país e deixou um alerta importante aos presentes: a prevenção do vírus não pode ser deixada para trás, pois a saúde é um direito de todos.

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