Os avanços do ImPrEP em 2019


Brasil

Visão geral do ImPrEP e ISTs no contexto da PrEP

A pesquisadora principal do ImPrEP, Valdiléa Veloso, apresentou de forma geral os objetivos do projeto no Brasil, Peru e México, no sentido de contribuir para a redução da incidência do HIV, em especial junto a homens gays e outros HSH, travestis e mulheres trans, por meio da inclusão da PrEP como um componente dos serviços públicos de prevenção combinada.
A apresentação focou nos procedimentos adotados para conseguir atingir a meta prevista de atendimento a 7,5 mil voluntários do projeto, que recebem um fornecimento de 30 dias de TDF/FTC no dia da inscrição após um resultado negativo do teste rápido de HIV e após os sinais e sintomas de infecção aguda terem sido descartados. Também são realizados exames de carga viral, função renal, sífilis, hepatite B e C, clamídia e gonorréia, assim como o acompanhamento posterior.
No tocante às ISTs no contexto da PrEP, foram apresentados dados coletados no momento da inscrição do participante no projeto ImPrEP. De modo geral e em relação a HSH, a prevalência é maior de clamídia, seguida de sífilis e gonorréia. Já na população trans, a sífilis se destaca – todas as taxas consideradas elevadas. Foram apresentados, ainda, dados sobre ISTs levantados pelas iniciativas pioneiras da Fiocruz no contexo da profilaxia: o programa PrEP Brasil e o projeto PrEParadas, este específico para pessoas trans.
Valdiléa terminou sua fala com duas preocupações relevantes. A primeira quanto ao rastreio molecular de ISTs, no sentido de os kits comerciais serem validados para amostras de urina, não para amostras retais ou orofaringe: haveria implicações regulatórias se a amostragem retal ou oral fosse recomendada como padrão de atendimento no Brasil? E a segunda, em relação à frequência ideal de triagem para detecção de clamídia e gonorréia.
Para conhecer os conteúdos apresentados, acesse http://programme.ias2019.org/programme/session/129.